As atividades físicas realizadas em ambiente escolar podem contribuir para uma vida ativa e trazer benefícios para a saúde das crianças.
Quem nunca viu aquela cena de crianças saindo da escola com o uniforme sujo, despenteadas, sorridentes e felizes? Pois, então, a escola é um território fundamental para a promoção de uma vida ativa. Mas será que o simples fato de participar das aulas de educação física garante que as crianças estejam cumprindo a frequência de atividade física recomendada pelos especialistas?
Segundo o professor Douglas Roque Andrade*, infelizmente esse não é um cenário animador. Ele conta que uma pesquisa recente feita pelo Ministério da Saúde apontou que a frequência semanal e o tempo de atividade física realizado durante a aula de 50 minutos é muito pequeno. “Os cinquenta minutos de aula são divididos entre o deslocamento até o local da aula, organização do material e explicação do professor”, explica.
Para Douglas, diretores, professores, funcionários e pais podem colaborar com pequenas mudanças para combater o sedentarismo. Uma sugestão muito interessante é estimular um intervalo (recreio) fisicamente ativo, com materiais disponíveis para brincadeiras como cordas, bolas, amarelinha pintada no chão e música ambiente.
“O movimento faz parte da nossa existência e é através dele que, com poucos meses de idade, começamos a explorar o mundo que nos rodeia. E se por acaso não pudermos nos movimentar, é sinal de que algo não vai bem”, explica o especialista. “A atividade física tem sido utilizada como estratégia para ajudar as crianças a construir e manter ossos e articulações mais fortes. Ela contribui também para o gerenciamento do peso, pressão arterial e sensação de bem-estar. Se o esporte for praticado em grupo, ele ensina habilidades como autodisciplina, trabalho em equipe e liderança, envolvendo questões sociais importantes”, ressalta.
E por que o estímulo a uma vida ativa é tão importante durante o processo de crescimento e desenvolvimento? Douglas ensina que crianças e adolescentes mais ativos tendem a ser adultos mais ativos. Entretanto, se forem sedentários, a chance de se tornarem adultos fisicamente ativos será mínima.
E já existe uma série de bons exemplos a serem seguidos com o objetivo de estimular a atividade física antes, durante e depois do período escolar. Em alguns países, as crianças contam com grupos organizados que garantem a segurança dos que optam por ir a pé até a escola. No Brasil, escolas como as da Diretoria de Ensino de Campinas Leste se envolvem em atividades nos parques da cidade.
Mas, lembre-se: os adultos devem dar o exemplo, já que as crianças costumam se espelhar nas atitudes dos pais e professores. Atividades simples como subir escadas e ir a pé até a padaria também valem. E então? Vamos praticar essa ideia?
*Douglas Roque Andrade é doutor em saúde pública pela Universidade de São Paulo e professor de educação física das universidades UNICSUL, UNIFMU e UNIESP
terça-feira, 27 de julho de 2010
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