Pelo menos é o que sugerem os pesquisadores do U.S. Department of Energy’s Brookhaven National Laboratory. Eles fizeram um estudo com ratos jovens e ratos adultos e perceberam que a atividade física durante a adolescência pode ser uma arma contra o abuso de cocaína no futuro.
“Este é o primeiro passo para tentar entender a conexão entre os exercícios e o abuso de substâncias”, afirmou o neurocientista Panayotis (Peter) Thanos, o autor principal do estudo. “Nós queremos ver como o exercício manipulado impactará a susceptibilidade do abuso de drogas e da dependência”.
Os exercícios melhoram o processo cerebral da dopamina, a substância química ligada às sensações de prazer e de recompensa. A idéia é ver se os efeitos na adolescência podem afetar as atitudes no começo da idade adulta. “A adolescência é um estágio de desenvolvimento importante no qual o exercício tem um papel-chave tanto no desenvolvimento cerebral quanto na química do cérebro”, explicou Thanos.
Na experiência, alguns ratos viveram no sedentarismo e outros passaram por uma rotina de 5 dias de exercícios por semana durante 1 mês e meio. Os dois grupos receberam injeções de cocaína e de solução salina durante este tempo e foram observados por mais várias semanas. Aqueles que fizeram exercícios demonstraram um desejo muito menor pela droga.
Dado curioso: diferentemente dos ratos, as ratas exibiram maior preferência da droga, fazendo exercício ou não. Isto corrobora com pesquisas anteriores que diziam que as mulheres eram mais suscetíveis ao vício do que os homens.
Referência: Thanos et al., Chronic forced exercise during adolescence decreases cocaine conditioned place preference in Lewis rats. Behavioural Brain Research. 2010
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