segunda-feira, 8 de março de 2010

Benefícios da atividade física nas crises epiléticas

Experimentos têm demonstrado que o exercício físico é capaz de reduzir a atividade epiléptica no EEG. Dessa forma, tem-se observado que tais indivíduos estão propensos a apresentarem menos crises quando estão ativamente ocupados e que poucas crises ocorrem durante a atividade mental e física quando comparadas com períodos de repouso. Durante o exercício físico, um fator não quantificável poderia também reduzir a freqüência ou a indução de crises: o limiar de vigilância. Alerta e vigilância são fatores que podem prevenir crises. Toda atividade física necessita de uma certa quantidade de alerta. Este fator tem sido justificado como possível contribuinte em evitar crises durante o exercício. De fato, Lennox (1941) sabiamente relatou: "a atividade física e mental parecem ser antagonistas das crises. A epilepsia prefere atacar quando o paciente está desprevenido, em repouso ou dormindo". Além disso, o exercício físico também pode reduzir a ansiedade e outras reações de estresse, simplesmente pela distração proporcionada. No entanto, algumas evidências atribuem estas reduções (estresse e ansiedade) ao metabolismo das monoaminas e/ou liberação de endorfinas. Obviamente, a associação entre exercício e sensação de bem-estar tem sido freqüentemente atribuída ao aumento de b-endorfinas no SNC e de forma muito interessante, este aumento de b-endorfinas pelo exercício físico tem sido também sugerida em atuar como anticonvulsivante.

Referência bibliográfica: DOUGLAS, E.V. et al., Efeitos benéficos do exercício físico nas epilepsias: o judô faz parte deste contexto? J. epilepsy clin. neurophysiol. vol.13 no.3 2007

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