quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Exercício reduz predisposição genética à obesidade

O aumento da prática de exercício físico pode diminuir a predisposição genética para a obesidade em cerca de 40%, refere um novo estudo publicado na “PLoS Medicine”.

Para este estudo, investigadores da Medical Research Council Epidemiology Unit, em Cambridge, Reino Unido, contaram com a participação de 20.430 indivíduos residentes em Norwich, Reino Unido. A equipe analisou diferentes variantes genéticas que, em investigações prévias, já tinham sido associadas com um aumento do risco de obesidade. A maioria das pessoas herdou 10 a 13 destas variantes dos pais, mas algumas herdaram mais de 17, enquanto outras herdaram apenas cerca de 6.
Adicionalmente, todos os participantes forneceram informação sobre a sua prática de exercício físico.

O estudo revelou que cada variante genética adicional estava associada a um aumento do índice de massa corporal (IMC) equivalente a 445 gramas para uma pessoa com 1,70 metros de altura.
Contudo, este efeito foi maior nas pessoas inativas do que nas ativas. Para as pessoas que tinham um estilo de vida ativo este aumento foi apenas de 379 gramas por variante, o que corresponde a um valor 36% inferior ao aumento verificado para as pessoas inativas, 592 gramas por variante genética.

Os investigadores também verificaram que, por cada variante genética adicional, o risco de obesidade aumentou em 1,1 vezes. Contudo, este risco foi 40% mais baixo para as pessoas ativas do que para as inativas.

Segundo os autores da investigação, liderados por Ruth Loos, os resultados deste estudo enfatizam a importância da adoção de um estilo de vida saudável na prevenção da obesidade, o que tem ainda mais importância para as pessoas com risco genético aumentado.

Referência: Ruth J. F. Loos et al., Physical Activity Attenuates the Genetic Predisposition to Obesity in 20,000 Men and Women from EPIC-Norfolk Prospective Population Study. Plos Medicine. 2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário